#21 5G para quem?
Alardeada como a grande revolução para a transformação digital da economia, o 5G deve acelerar o desenvolvimento de aplicações de Internet das Coisas e tem o potencial de mudar as relações de consumo, trabalho, negócios, educação e outras. Mas a chegada da nova geração tecnológica de internet móvel é um paradoxo num país que ainda tem quase 20% da população sem acesso à internet, e uma conectividade precária para milhões de brasileiros, especialmente nas classes C, D e E. No final de 2021, a Anatel realizou o maior leilão de frequências da história do país. A venda das quatro bandas: 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz renderam R$ 46,7 bilhões aos cofres públicos. A implementação da tecnologia 5G está prevista para iniciar ainda neste ano. As operadoras vencedoras do leilão também assumiram compromissos de conectividade para minorar o fosso digital vigente no país. Mas será mesmo que o 5G vai democratizar o acesso à internet no país ou beneficiará somente a indústria, o agronegócio e as regiões mais abastadas que já concentram renda? Paloma Rocillo, vice-diretora do Instituto de Referência em Internet e Sociedade (IRIS), e a advogada Flávia Lefèvre, especialista em telecomunicações do Intervozes, comentam tudo o que envolve essa transição da tecnologia 5G no episódio 21 do Batalhas Digitais. No quadro Entidade de Luta, Oona Castro apresenta o Instituto Nupef. A apresentação do podcast é do jornalista Enio Lourenço.