Discussão sobre o zero-rating e neutralidade da rede
A estratégia de oferecer ao consumidor redes sociais sem descontar da franquia (conhecida como zero-rating) não é exclusiva da Claro. Isso se tornou popular entre as operadoras brasileiras há um bom tempo. No entanto, a prática tem gerado discussões entre as teles diante do salto no consumo de dados
A pauta se relaciona com a preocupação do setor de que investimentos em infraestrutura acompanhem o novo padrão de consumo. É por essa razão que as operadoras têm defendido publicamente que as grandes plataformas paguem uma contribuição pelo uso das redes, ou o chamado fair share (ou networking fee). A revisão das práticas de zero-rating se insere nesse debate.
O cenário ainda é potencializado pela chegada da rede 5G ao País. A Vivo, por exemplo, percebeu que os primeiros usuários da rede de quinta geração da companhia passaram a consumir até 50% mais dados do que clientes convencionais.
Há ainda uma outra discussão na mesa: a neutralidade de rede. Isso porque especialistas sempre viram com preocupação o possível cenário de distorção no mercado gerado pela prática do zero-rating. No caso, o principal argumento para a tese é o favorecimento de uma rede social ou serviço de streaming específicos em relação a outros. No começo de 2023, por exemplo, a Coalizão Direitos na Rede (CDR) solicitou ao Ministério da Justiça medidas contra zero-rating das operadoras.
Leia a matéria completa