CDR lança campanha Novembro Negro e Direitos Digitais

Dessa vez, queremos convidar vocês a mergulhar com a gente nessa importante discussão sobre as questões raciais e os direitos digitais. Você pode perguntar, mas o que tem a ver? Vamos conversar? Então, sabemos que o Brasil ainda é permeado por diversas desigualdades sociais e raciais, caracterizados pelos preconceitos, problemas que tem sua raiz, principalmente no racismo.

Apesar do mundo estar cada vez mais conectado, essa realidade não é igual para todas, todes e todos. Dessa forma, o Brasil apresenta discrepâncias conduzidas pela regionalidade, raça e classe. Segundo dados da TIC Domicílios de 2022, cerca de 36 milhões de pessoas ainda não tem acesso à internet. Esse perfil de excluídos digitalmente revela a predominância de pessoas negras, idosas, pobres e da zona rural.

Pensar os direitos digitais é também compreender as estruturas que mantém essas desigualdades. E a questão racial está presente em diversos eixos dessa área. Quem tem acesso à internet? Quem pode usar as estruturas para acessar a saúde digital? Você conhece o debate sobre racismo algorítmico? Os avanços da inteligência artificial no Brasil tem considerado a diversidade populacional de raça, classe e território? E a violência racial na internet? Quem não lembra dos ataques na internet que a jornalista Maju Coutinho e a atriz Taís Araújo sofreram? As fake News lançadas na internet afetam diretamente a dignidade e vida da população negra, propagando discursos de ódio e desinformação. Essas são só algumas das questões que serão abordados ao longo do mês por aqui, nas nossas redes da CDR.