#CriptoAgosto2022 termina com seminário de ONGs da América Latina em defesa da criptografia, dos direitos humanos e da democracia

Na manhã de quarta-feira (31/08), a Coalizão Direitos na Rede (CDR) realizou o seminário “Por que e como defender a criptografia?”, que marcou o encerramento da #CriptoAgosto2022 — campanha encabeçada pela CDR em todo mês de agosto para valorizar a importância de uma criptografia forte e segura em nossas vidas digitais.

Neste sentido, a Coalizão convidou representantes de organizações que atuam pela promoção dos direitos digitais na América Latina, como Miguel Flores, diretor digital da Derechos Digitales; Gaspar Pisanu, gerente de políticas para América Latina da Access Now; e Cristian Mesa Torre, especialista em gestão pública e tecnologia da Alianza por el Cifrado en Latinoamérica y el Caribe (AC-LAC) do Peru. Felipe Rocha, pesquisador do Laboratório de Políticas Públicas e Internet (Lapin) e consultor da CDR, mediou o evento que contou com tradução simultânea para os inscritos. 

Os convidados responderam a pergunta do seminário sobre por que e como defender a criptografia. Miguel Flores (Derechos Digitales) reforçou a importância de preservar a segurança e a liberdade dos cidadãos de um país por meio de um sistema político democrático e acrescentou: “A segurança das comunicações, para o exercício da democracia, é muito importante para a autonomia e a liberdade de expressão das pessoas. Então, é essencial defender a criptografia em todos as formas de comunicação”.

Para Gaspar Pisanu (Access Now), é necessário que as empresas privadas e o poder público invistam em formação sobre a criptografia. “Para mim, isso se resolve com conhecimento para o público geral e para as pessoas que tomam decisões no Estado. É muito importante destacar que, quando o sistema de criptografia se torna vulnerável, sem segurança nas comunicações, automaticamente a garantia dos direitos humanos fica ameaçada. A criptografia é um instrumento fundamental para proteger a democracia e a vida de jornalistas, defensores dos direitos humanos, da comunidade LGBTQIA+”, complementa Pisanu.

Cristian Mesa Torre (AC-LAC) considera que defender a criptografia deveria ser uma iniciativa diária e adotada por todas e todos que defendem os direitos digitais. “Defender a criptografia é uma tarefa que deve ser permanente para garantir a segurança na troca de mensagens entre jornalistas, pesquisadores e defensores dos direitos humanos. E para preservar a democracia em toda a América Latina, em prol da garantia dos direitos fundamentais na internet”, destacou.

O Seminário “Por que e como defender a criptografia?” foi gravado e será disponibilizado, em breve, nos canais oficiais da Coalizão Direitos na Rede. Acompanhe as nossas redes sociais para saber mais sobre esse debate.