Especialistas que acompanharam as reuniões do grupo de trabalho criado para discutir o projeto de lei afirmam que a Frente Digital pouco participou dos debates nos últimos 15 meses. “O deputado Poit, que liderava a frente, não participou praticamente de nenhuma audiência pública do ciclo de mais de 15 debates realizados este ano”, me disse Bia Barbosa, jornalista, mestra em políticas públicas e integrante da Coalizão Direitos na Rede, que acompanha as discussões.
A postura, no entanto, mudou nesta reta final. “Quando as plataformas viram, tardiamente, que o PL realmente iria a voto, passaram a agir para pedir mais tempo para a discussão e tentar reduzir as obrigações previstas no texto. E a Frente Digital foi quem mais vocalizou diretamente as demandas das empresas”, falou Barbosa. “Não posso dizer que as plataformas apoiam integralmente as propostas da frente. Mas me parece que é o contrário. Acho que é a frente que apoia o pleito das plataformas”.