“Flávia Lefevre, representante da Coalizão, lembrou que relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) aponta uma série de falhas na elaboração do documento. Dentre elas: 5G para quem? “As entidades reconhecem nessa tecnologia grandes oportunidades de alavancar diversos setores da economia e estimular o desenvolvimento social. Mas o Brasil se encontra hoje num fosso digital profundo e injustificável”, reiterou.
Segundo ela, o edital traz “erros grosseiros”. Um deles seria que as obrigações das escolas não constam no edital. Além da falta de política pública para a áreas remotas e para a periferia. “O certame deveria ter exigido contrapartidas audaciosas para atender a população vulnerável. O consumidor, especialmente aquele mais vulnerável e que mais precisa de políticas públicas, está sendo desconsiderado nesse processo. Evidente que o 5G traz uma série de inovações. Mas a situação em relação à universalização do acesso à internet ainda é dramática. Aproximadamente 40% da população tem como acesso exclusivo a telefonia móvel. É um modelo comercial baseado em franquias, no qual boa parte dos usuários passa maior parte do mês sem qualquer acesso à internet. O foco deve ser uma melhoria radical da infraestrutura do 4G”, observou.