Tele.Síntese | Leilão do 5G: Especialistas cobram políticas públicas para áreas remotas e cidadãos vulneráveis

Será o maior do mundo, mas a preocupação é que a conectividade fique apenas nos grandes centros e não chegue para os mais vulneráveis. Por Gabriela do Vale

“Flávia Lefevre, representante da Coalizão, lembrou que relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) aponta uma série de falhas na elaboração do documento. Dentre elas: 5G para quem? “As entidades reconhecem nessa tecnologia grandes oportunidades de alavancar diversos setores da economia e estimular o desenvolvimento social. Mas o Brasil se encontra hoje num fosso digital profundo e injustificável”, reiterou.

Segundo ela, o edital traz “erros grosseiros”. Um deles seria que as obrigações das escolas não constam no edital. Além da falta de política pública para a áreas remotas e para a periferia. “O certame deveria ter exigido contrapartidas audaciosas para atender a população vulnerável. O consumidor, especialmente aquele mais vulnerável e que mais precisa de políticas públicas, está sendo desconsiderado nesse processo. Evidente que o 5G traz uma série de inovações. Mas a situação em relação à universalização do acesso à internet ainda é dramática. Aproximadamente 40% da população tem como acesso exclusivo a telefonia móvel. É um modelo comercial baseado em franquias, no qual boa parte dos usuários passa maior parte do mês sem qualquer acesso à internet. O foco deve ser uma melhoria radical da infraestrutura do 4G”, observou.

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